quarta-feira, 10 de julho de 2013

Pequenos detalhes


Ontem fui até uma feira de artesanato de proporções gigantescas que se chama Mega Artesanal. É uma feira cheia de armadilhas para aquele nosso lado consumista (pois é.. eu também tenho um lado consumista). As vitrines com materiais de todos os tipos, cores, formas, funções e tamanhos dão coceira nas mãozinhas. Para entrar você tem que enfrentar fila. Para fazer as oficinas você tem que enfrentar fila. Para comer você tem que enfrentar fila. Para ir ao banheiro você tem que enfrentar fila... 
A feira segue (ou dita) uma determinada tendência de mercado. Por exemplo, já teve anos (sim, eu costumo ir todo ano) em que você só encontrava stands com demonstrações de técnicas de biscuit. Neste ano, muito tecido e muito papel, de todas as estampas e em todo tipo de peça, e muitas caixinhas de mdf. E por isso, mesmo sendo gigantesca, a feira acaba sendo repetitiva...
O objetivo é incentivar a venda de materiais, ferramentas e afins... Algumas novidades são realmente úteis, outras são mais uma frescurinha...
Nas edições passadas dessa feira, você saia delas com as mãos carregadas de sacolas promocionais e pequenos brindes como canetas, bloquinhos de anotação e pequenas amostras de materiais. Neste ano esses agradinhos sumiram.
Bom, você deve estar achando que eu odiei o passeio (que dura um dia inteiro... começa às 11h e vai até lá pelas 19h30). Mas a verdade é que eu adorei...
Fora todo esse aspecto comercial e até industrializado que é o que se vê logo de cara e que não tem nada a ver comigo e com o Mãozinha Boa, existem os pequenos detalhes. 
Nas filas, você pode conversar com quem está na frente ou atrás e acabar descobrindo que tem gente de todo o lugar e de todo tipo que gosta de artesanato. Acaba descobrindo suas histórias. E tem cada história...
Nas barracas de pequenos artesãos, você pode observar as pequenas diferenças no jeito que cada um faz seu artesanato. Nas oficinas, pode perceber a maneira de lidar dos oficineiros, que interagem por um espaço de tempo tão pequeno com cada pessoa, mas mesmo assim, alguns conseguem se doar.
Há também, lá no meio disso tudo, gente que batalha pela valorização de um artesanato mais de raiz, mais ligado à cultura popular como no stand com peças da Sutaco e no stand da ONG Brinquedo Vivo.
E fora tudo isso, fora todos esses pequenos detalhes que você tem que prestar atenção para perceber, tem também o fato de você escolher pessoas queridas para te acompanhar. Este ano fui com minha mãe (que já é minha parceira de anos nesta feira e em muito mais) e com a Pampam (que finalmente já tem mais de 12 anos e pode entrar na feira... pois eles não acham que artesanato é coisa de criança...). Se eu não conseguir dominar o mundo com o artesanato, a Pampam vai estar pronta para assumir esta missão em alguns anos.
E é por isso que, mesmo com os pés cansados, voltei para casa muito feliz.






Um comentário:

  1. Com tantos detalhes me senti na feira pessoalmente! Que belo passeio! Parabéns pela descrição! Quem sabe alguma vez eu possa visitar a feira também...

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